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[VÍDEO] Funcionária da Stone publica acidentalmente na conta da empresa stories curtindo o Carnaval

Uma situação temida por muitos profissionais de social media se concretizou no último fim de semana com uma funcionária da fintech Stone. Por engano, a colaboradora compartilhou conteúdos pessoais nos stories do perfil oficial da empresa no Instagram. Os vídeos, originados de um animado bloco de Carnaval, foram capturados e republicados por um usuário do X nesta segunda-feira (05). A postagem rapidamente se tornou viral, acumulando mais de 6,5 milhões de visualizações até o momento.

Nos cerca de mil comentários, usuários do X e perfis de marcas famosas brincaram com a situação e também questionaram se erro teria custado o emprego da funcionária. Assista ao vídeo:




Em uma declaração enviada à PEGN, a Stone afirmou que a colaboradora utilizou as redes sociais “de maneira inadequada”, porém não sofreu demissão. O comunicado ressalta que todos estão sujeitos a cometer erros, e a colaboradora continua fazendo parte da equipe Stone. O texto enfatiza a interação descontraída e bem-humorada da marca nas redes sociais. Além disso, a empresa aproveitou a plataforma X para brincar com a situação, inclusive compartilhando um novo vídeo gravado pela própria funcionária.




Caso poderia levar a demissão

Apesar da abordagem amena adotada pela empresa diante do incidente, situações desse tipo podem resultar em penalidades para o funcionário. Segundo especialistas, a avaliação realizada pela empresa pode determinar sanções que variam desde uma simples advertência até a demissão por justa causa. Dependendo da gravidade do ocorrido, o empregador ainda pode tomar medidas legais para buscar indenização pelos danos causados.

“Qualquer ato de um empregado que possa prejudicar a imagem da empresa ou que viola explicitamente o seu regimento interno pode levar à demissão por justa causa. Essa forma de demissão é a mais grave que um empregador pode aplicar, com base no artigo 482 da CLT”, destaca Marcel Zangiácomo, especialista em Direito Processual e Material do Trabalho e sócio do escritório Galvão Villani, Navarro, Zangiácomo e Bardella Advogados.

Paulo Chubba, advogado e sócio na área de Direito Trabalhista do escritório KLA Advogados, destaca que a possibilidade de demissão também pode surgir quando o funcionário compartilha conteúdo da empresa em suas redes sociais pessoais. Nesse contexto, há ainda o agravante da violação da propriedade intelectual da companhia. Por essa razão, é crucial que os profissionais responsáveis por conteúdos desse tipo tenham cláusulas de confidencialidade explicitamente estabelecidas em seus contratos.

“Essa disposição é de extrema importância no contrato de trabalho, especialmente para profissionais envolvidos com conteúdos digitais. É necessário estabelecer uma política interna que garanta que os dados não serão utilizados de maneira inadequada e que informações privilegiadas serão mantidas em sigilo, sendo divulgadas apenas com autorização prévia”, ressalta Chubba.

Comentários de algumas empresas no vídeo viral da funcionária da Stone (Reprodução/ X)

Segundo Marcelo Cárgano, advogado especializado em Direito Digital e coordenador no escritório Abe Advogados, as políticas de uso de redes sociais nas empresas devem incluir diretrizes de segurança não apenas para os perfis corporativos, mas também para o comportamento dos colaboradores em suas contas pessoais. O objetivo é prevenir a publicação inadvertida de conteúdos inadequados, como mensagens difamatórias e discriminatórias que possam impactar a imagem da empresa. “Essas políticas de uso são essenciais para definir que tipo de conteúdo os colaboradores podem ou não compartilhar.”

Em situações semelhantes à ocorrida com a Stone, Chubba destaca a necessidade de as empresas adotarem medidas de gestão de crise de maneira ágil. Ele enfatiza que, antes de agir, a empresa deve avaliar não apenas os aspectos legais, mas também o impacto do incidente no mercado. “A decisão dependerá de uma análise interna da empresa, considerando se houve riscos, se a ação foi positiva ou se será necessária uma abordagem mais rigorosa”, afirma o especialista.

Veja a seguir: [VÍDEO] Celso Russomanno e equipe da ‘Patrulha do Consumidor’ é ameaçada de morte durante fiscalização

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